domingo, 9 de outubro de 2011

Inferno de Chapeuzinho [Festival do Rio]



Moldado por uma direção infantil e um roteiro fraco, o filme cubano "Chapeuzinho Vermelho do Inferno" (Molina’s Ferozz, 2010) é um terror trash que e acaba triscando em instantes de humor, mas se perde no apelo ao sangue e sexo.


O filme nos leva para a zona rural de Cuba, onde uma família vive isolada. Miranda é uma adolescente que mora com sua mãe viúva, Dolores. Ambas tentam conviver bem com a avó da menina, que mora em uma casa um pouco distante, mas igualmente isolada. Apesar disso, a relação aprece impossível já que a velha é praticante de rituais satânicos e odeia a própria família. Para segurança das mulheres, próximo da casa vive o lenhador Inocencio, tio paterno de Miranda, que protege a sobrinha e a cunhada. Um belo dia, Dolores manda a filha ir até a casa da avó para entregar um cesto de comidas. Em paralelo, a história de um monstro demoníaco que vive na floresta assusta os personagens...


A adaptação cubana do conto “Chapeuzinho Vermelho”, de Charles Perrault, é uma afronta às interpretações do original. Sem grandes propósitos, o filme se mostra uma orgia sangrenta, cheia de cultos malignos, violência e caricaturas forçadas. A maquiagem é forte, escura, suja e o contraste predomina na luz da fotografia. Aos poucos, todos os personagens vão revelando ser completamente pervertidos e sem moral alguma, o que domina o filme muito mais do que a própria história.

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