
Se tem uma palavra pra definir o filme “Jean-Paul Gaultier: Quebrando as Regras” é essa: injustificável. Assim como o legado
do famoso estilista, o filme não faz remediações sobre o que é. Até no tamanho
excêntrico de 62 minutos o filme é o que é e dane-se o resto. O que resta saber
é se essa atitude rende à obra muitos amigos.
Melhor do que ver esse filme como um
documentário é vê-lo como uma entrevista. O estilista fala de sua infância, o
ingressar no mundo da moda, seu trabalho com celebridades, de seus
relacionamentos homossexuais, e a lista continua. Realmente parece que todos os
campos foram cobertos pelo estilista, e você acaba saindo com um senso de
completude. Com o mais que bem vindo apoio de imagens de arquivo o aprendizado
vem de uma maneira dinâmica e até natural.
É uma idéia simples, para um documentário
simples. Porém, como se trata de um assunto tão fascinante como esse não se
pode deixar de perder. A carreira de Jean Paul Gaultier é bem mais profunda do
que um perfume. Apresentar essa personalidade é o objetivo principal do filme, e
nisso ele é bem sucedido.
