O eterno Mr. Bean ataca novamente. Mostrando seu lado 007,
Rowan Atkinson prova que pode não só falar, mas também atuar com eficiência
nas telonas. E o resultado de O Retorno
de Johnny English (“Johnny
English Reborn”, EUA, 2011) é uma comédia daquelas bem despretensiosas e que
conseguem arrancar boas gargalhadas de qualquer público menos exigente.
Nesse filme, o agente secreto Johnny English (Atkinson) foi
demitido da agência MI-7 depois de uma confusão em Moçambique e agora vive
exilado com monges. Mas ele acaba sendo chamado de volta para investigar o caso
de um grupo de assassinos de aluguel que quer matar o premiê chinês durante
uma reunião com o Primeiro Ministro da Inglaterra.
Todas as piadas de humor físico estão lá. Afinal, estamos falando
de Rowan Atkinson, o Mr. Bean, o cara que dormia em pé em Tá Todo Mundo Louco. Não ter humor físico seria como não ter beijo
em um filme da Julia Roberts. Atkinson atua com maestria e, mesmo sendo um
personagem completamente idiota, English é tão carismático que não causa ódio
na platéia, mas a leva a torcer por ele.
A maior prova disso é o seu romance com Rosamund Pike, a Jane de Orgulho e Preconceito. Quando, em um mundo com o mínimo de lógica e senso, uma mulher daquelas sequer olharia para um cara como ele? No mundo de Johnny English, sim. E o filme é tão eficiente que até isso acaba fazendo o maior sentido na história.
O Retorno de Johnny
English pode não agradar a todos, principalmente quem procura um humor,
digamos assim, mais inteligente. Mas quem quer apenas duas horinhas de
gargalhadas sem o menor pudor, o filme é uma ótima pedida para aquela tarde de
domingo.
