domingo, 16 de outubro de 2011

Martha, Marcy May, Minha Nossa! [Festival do Rio]



Embora “Martha Marcy May Marlene” pareça o nome de protagonista de novela mexicana, não tem nada de kistch nesse filme. Aliás, ele é tão arrogantemente original que não tem como não se render. É, de fato, um filme como nenhum outro. Ele te rouba, brinca com você do início ao fim e depois deixa a gente sem reação com um final que é simplesmente perfeito.



A melhor maneira de se contar essa história é explicando os nomes do título. Martha é uma garota que depois de dois anos reaparece na vida da irmã após um misterioso passado. Marcy May é o nome dessa mesma garota quando ela vivia em uma família alternativa antes de fugir e se reencontrar com a irmã. E Marlene, ah, nem eu seria tão sádico de te estragar essa surpresa. É uma história realmente muito boa, mas o que é melhor é a forma como ela se desenvolve. O filme faz uma dosagem perfeita das informações que te dá assim como as que te nega. A construção das narrativas paralelas, os cortes e a manutenção do suspense são de uma precisão absoluta. Simplesmente tente mudar alguma coisa de lugar que você verá que não é possível.

As atuações estão excepcionais, com destaque para Christopher Abott que faz um papel inegavelmente inspirado em Charles Manson. Não é que o filme seja perfeito, mas é que não existe nada que possa ser feito diferente. Por incrível que pareça, não existe um filme igual a esse.

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