Chega aos cinemas o primo pobre de Free Willy. Winter é um golfinho fêmea que fica amigo do introvertido Sawyer (Nathan Gamble) e esse encontro vai mudar a trajetória de ambos. A história é parecida, mas sem o mesmo charme e encanto do filme de 1993. Assim, "Winter, o Golfinho" (Dolphin Tale, EUA, 2011) é um filme que vai acabar mesmo em uma sessão da tarde daqui a alguns anos. Mas daqueles que não vale a pena ver de novo.
O ponto de partida é até bonitinho, mas infelizmente não foi tão bem aproveitado. A saga de Sawyer para salvar a vida de Winter, que precisa de uma prótese depois que teve a cauda amputada é uma história realmente tocante. Mas algumas atuações são tão forçadas que chega até a doer. É o caso, por exemplo, de Kyle (Austin Stowell), o primo de Sawyer que vai para o exército. Chega a ser triste vê-lo atuando de maneira tão caricata e canastrona ao lado de um Morgan Freeman.
Aliás, Freeman, como o Dr. Cameron McCarthy, o médico "maluco" que aceita o desafio de fazer um implante para um animal, é o melhor do filme. O homem que já foi até Deus no cinema conseguiu pegar um personagem estereotipado e raso e dar sentimentos profundos para ele. Vê-lo chamar o golfinho de "peixe burro" e, aos gritos, mandá-lo nadar cativa e ao mesmo tempo emociona.
Winter, o Golfinho tinha tudo para se tornar um clássico... Tudo bem, da "Sessão da Tarde", mas um daqueles filmes fofos que todo mundo chora e para o que estiver fazendo para dar uma olhadinha. Mas o longa nada, nada e não chega a lugar nenhum. As crianças podem até gostar. Mas esquecerão na primeira visão de um Ben 10.
