
É engraçado como vários elementos urbanos definem um período e, consequentemente, como o período define o urbano. Limelight ("Limelight", EUA, 2011), de Billy Corben, conta a história de Nova York nas décadas de 80 e 90 através das boates de Peter Gatien. Com muito sexo, drogas, rock'n'roll mais techno e homossexualismo, o documentário traça um paralelo interessante entre a casa noturna Limelight, seu dono e como Nova York veio a ser o que é hoje.
Peter Gatien, um empreendedor canadense de um olho só (sim, ele usa um tapa-olho de pirata), chega aos Estados Unidos e já começa seu império de casas noturnas por todo o país. Seu objetivo é dominar Nova York e no fim dos anos 70, ele funda a boate Limelight numa antiga igreja. Sua fama dispara e as nights estão sempre lotadas de gente e de drogas, não consideradas perigosas na época. Com o boom da AIDS, veio o medo das drogas e do homossexualismo e a válvula de escape do prefeito foi culpar Peter Gatien, que inflamava essas ideias na juventude.
