segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Filosofando Superficialmente [Festival do Rio]



Que os orientais são contidos e têm dificuldade em expressar seus sentimentos todo mundo sabe, o problema é quando isto se torna excessivo e doentio. É sobre isso que Culpada por Romance ( Koi no Tsumi Japão 2011) aborda.  Entre erros e acertos, o filme traz uma reflexão sobre o papel da mulher na sociedade japonesa contemporânea.





Izumi é casada com um escritor famoso por seus livros de romance. A vida do casal, no entanto, é repetitiva e sem qualquer emoção. Um dia, ela é convidada a participar de uma produção pornográfica simulando relações sexuais. Entediada com sua rotina, ela decide aceitar o convite. Ao entrar nesse novo universo, ela conhece uma garota de programa que se torna sua mentora e que a convence a também vender seu corpo. Até que um cadáver é encontrado no bairro dos motéis da cidade, e a polícia começa a investigar o caso.



A protagonista representa uma típica pessoa que depois de tantos anos reprimindo seus sentimentos acaba “explodindo como uma panela de pressão”. Quando isso acontece, Izumi extravasa toda a energia concentrada durante tantos anos sem medo e sem pensar nas consequências.


Infelizmente, o clima exagerado impede de fazermos conexões com a realidade e diminui a força do discurso. Outro problema é o excesso de diálogos. Por mais que o cinema japonês seja reconhecido por filmes “lentos”, neste há um excesso de falas abordando questões filosóficas que paradoxalmente parecem superficiais, resultado? Fica chato. 


Culpada por Romance não chega a ser ruim, mas é cansativo, parecendo que dava para cortá-lo pela metade. A qualidade dos atores e de toda a parte técnica ajudam a “abafar” este problema, mas é preciso paciência...muita paciência.


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