quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Virgem Maria (Repaginada)



A diretora e roterista Rebecca Thomas leva para as telas uma história, no mínimo, inusitada em seu segundo longa metragem: Uma menina mórman repentinamente fica grávida e acredita fielmente que uma música de rock a engravidou. Sim, esta é a história de Electrick Children (EUA, 2012). Uma grata surpresa na programação do Festival do Rio.


A história, mesmo que louca, é tratada de maneira bem sóbria. O longa não dá espaço para o  escracho e nem possui um toque mais experimental . No fim das contas, essa  "seriedade" do filme é o seu grande trunfo. Ele realmente nos faz acreditar na história mirabolante de sua protagonista.


O longa pode ser visto como uma paródia/repaginação da saga da Virgem Maria. Em um mundo contemporâneo, só mesmo uma mórmon para manter a mesma inocência (ou seria alienação?) da mãe de Jesus Cristo. A jovem Rachel nunca falou ao telefone, nunca comeu um hambúrguer, nunca beijou na boca... É virgem em todos os sentidos. Ela precisa urgentemente achar uma explicação para sua gravidez inesperada mas parece que Deus, muito zoador, quis mesmo lhe pregar uma peça. Como faz com todos nós.



Electrick Children é extremamente original, nonsense e criativo. O elenco é cheio de novos talentos e ainda conta com a participação do irmão de Macaulay Culkin, o esquisitão Rory Culkin. Aproveito esta crítica para fazer um apelo: tirem a carreira de Macaulay Culkin do limbo. Lindsay Lohan, Fábio Assunção, Charlie Sheen, Robert Downey Jr... Todos ganharam um segunda chance e não vejo o mesmo acontecer com o ator de "Esqueceram de mim". Parece que a próxima notícia que teremos do ex-astro será a de uma fatalidade, como a que aconteceu com Amy Whinehouse. Uma pena.


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