
Uma das propostas menos convencionais de cinema que o Festival do Rio traz esse ano, e olha que são muitas, veio do canadense Denis Cote. Bestiário (“Bestiaire” Canadá 2012) é um filme animal, no qual ficamos uma hora a assistir bichos fora de seu habitat natural, em cativeiro. Tanto tempo fora da selva pode fazer com que o animal sentado na poltrona se identifique com a situação.
O filme não tem história, dificilmente aparecem personagens, e o único motivo para classificarmos ele como um documentário é porque, de fato, documenta uma realidade. A proposta é mostrar animais enclausurados e ir bem fundo no comportamento deles. Em dados momentos você vai se perguntar por que você está há cinco minutos olhando uma paca ir de um lado para outro, mas todo aquele cotidiano animal eventualmente acaba permeando a nossa absorção. É uma experiência de fluxo, muito bem feita, talvez até por isso ela tenha que ser tão seca.
Os enquadramentos são perfeitos, fogem do óbvio e são bem divertidos. E existem formas piores de passar uma hora. Mas não é um documentário para os fracos, onde tudo é bem ruminado e seguem bem uma linha. Ainda assim, o diretor consegue ser preciso na direção que dá a esse movimento. A mise en scene é hermética. Parte da graça de se estar no festival do rio é assistir a filmes bizarros, se esse for o seu caso não tem como ficar melhor do que Bestiário.
O filme não tem história, dificilmente aparecem personagens, e o único motivo para classificarmos ele como um documentário é porque, de fato, documenta uma realidade. A proposta é mostrar animais enclausurados e ir bem fundo no comportamento deles. Em dados momentos você vai se perguntar por que você está há cinco minutos olhando uma paca ir de um lado para outro, mas todo aquele cotidiano animal eventualmente acaba permeando a nossa absorção. É uma experiência de fluxo, muito bem feita, talvez até por isso ela tenha que ser tão seca.
Os enquadramentos são perfeitos, fogem do óbvio e são bem divertidos. E existem formas piores de passar uma hora. Mas não é um documentário para os fracos, onde tudo é bem ruminado e seguem bem uma linha. Ainda assim, o diretor consegue ser preciso na direção que dá a esse movimento. A mise en scene é hermética. Parte da graça de se estar no festival do rio é assistir a filmes bizarros, se esse for o seu caso não tem como ficar melhor do que Bestiário.
