
Quatro artistas. Quatro estilos. Quatro pontos de vista sobre a capital argentina. Variando em roteiro e técnica, podemos nos chocar, rir e encantar com destoantes leituras em Anima Buenos Aires (Argentina, 2011), um conjunto de curtas dirigido por María Veronica Ramirez. A ideia é simples e cada expressão artística consegue algum brilho.
Regados por um forte tango, temos o conjunto de episódios que misturam animação 2D, colagem, fotomontagens e live action; contamos com traços de gibi, arte de rua e CG. Os roteiros têm um fundamento comum: a resistência de Buenos Aires à "inevitável e violenta avalanche da homogeneização global". Coreografias animadas correm os muros da cidade para nos apresentar cada uma das quatro visões sobre a capital. Em momento algum a poesia é deixada de lado, assim como a boa qualidade dos trabalhos.
O primeiro curta é uma animação quase grosseira (o que integra um papel humorístico), com um roteiro divertido, mas sem grandes momentos. Acompanhamos o dono de um açougue tentando reaver seus clientes após a chegada de um grande super-mercado internacional. O segundo (e melhor de todos) tem uma animação infantil e relata a descoberta de um mundo novo, livre, por um jovem sonhador que vivia trancado, mas decide se libertar por amor. O terceiro parte de uma animação riscada e fala do submundo da cidade, narrado por um criminoso moribundo. O último e mais bem elaborado trata da lenda do tango como busca da mulher perfeita.
Regados por um forte tango, temos o conjunto de episódios que misturam animação 2D, colagem, fotomontagens e live action; contamos com traços de gibi, arte de rua e CG. Os roteiros têm um fundamento comum: a resistência de Buenos Aires à "inevitável e violenta avalanche da homogeneização global". Coreografias animadas correm os muros da cidade para nos apresentar cada uma das quatro visões sobre a capital. Em momento algum a poesia é deixada de lado, assim como a boa qualidade dos trabalhos.
O primeiro curta é uma animação quase grosseira (o que integra um papel humorístico), com um roteiro divertido, mas sem grandes momentos. Acompanhamos o dono de um açougue tentando reaver seus clientes após a chegada de um grande super-mercado internacional. O segundo (e melhor de todos) tem uma animação infantil e relata a descoberta de um mundo novo, livre, por um jovem sonhador que vivia trancado, mas decide se libertar por amor. O terceiro parte de uma animação riscada e fala do submundo da cidade, narrado por um criminoso moribundo. O último e mais bem elaborado trata da lenda do tango como busca da mulher perfeita.
Temos animações para todos os gostos e estilos, ainda assim, dificilmente alguém vai se encaandar por todos os curtas. A música cultural, incessante, também pode cansar depois dos 95 minutos de projeção. Com muita ironia e graça, o aglomerado diverte bastante, mas não chega a empolgar. Daria para avaliar cada trabalho de maneira completamente diferente, mas, com esforço, cheguei a uma média.
