Depois de aplicados os critérios de "nomes mais interessantes" e "sinopses mais envolventes", minha terceira tática para escolher o que vou assistir é "protagonistas crianças". Mesmo que a estratégia elimine qualquer filme com pretensão a sessão da tarde, ela não é garantia de vitória. Mas aqui está a prova de que funciona na maioria das vezes: Indomável Sonhadora ("Beasts of the Southern Wild", Estados Unidos, 2011) entrou para a minha lista dos cinco melhores.
Hushpuppy vive com o pai numa área de risco, o delta de um rio na Louisiana, Estados Unidos, em uma comunidade isolada do resto do mundo. Na cabecinha da menina, o lugar, sujeito a inundações constantes, é a Banheira. Quando, numa noite, uma tempestade terrível acaba com o vilarejo, os problemas de Hushpuppy começam. Ela sabe que os aurochs, monstros pré-históricos congelados nas geleiras, agora foram libertos pela chuva. E estão a caminho.
Falar de dor e tristeza é arriscado, mas Benh Zeitlin fez um ótimo trabalho no filme (que aliás tem um título muito melhor em inglês). A dor, quando vista com graça, é arrebatadora. Se enxergar as coisas pelos olhos de uma criança é interessante, saber da história pela voz encantadora de Hushpuppy, então, é como mágica. Seu jeitinho meigo de tomar decisões corajosas e adultas desperta uns sentimentos estranhos, e a gente sai do cinema se perguntando se estarão vendendo Hushpuppies de pelúcia na saída.
Indomável Sonhadora é daqueles exemplos raros em que tudo se combina perfeitamente. Direção, roteiro, música e atuação: é tudo extraordinário, cheio de atitude e energia, sem nem de perto se tornar manipulador. O público vibra com a história e entra muito facilmente num mundo de criatividade e imaginação, com um senso de vida surpreendente.
Hushpuppy vive com o pai numa área de risco, o delta de um rio na Louisiana, Estados Unidos, em uma comunidade isolada do resto do mundo. Na cabecinha da menina, o lugar, sujeito a inundações constantes, é a Banheira. Quando, numa noite, uma tempestade terrível acaba com o vilarejo, os problemas de Hushpuppy começam. Ela sabe que os aurochs, monstros pré-históricos congelados nas geleiras, agora foram libertos pela chuva. E estão a caminho.
Falar de dor e tristeza é arriscado, mas Benh Zeitlin fez um ótimo trabalho no filme (que aliás tem um título muito melhor em inglês). A dor, quando vista com graça, é arrebatadora. Se enxergar as coisas pelos olhos de uma criança é interessante, saber da história pela voz encantadora de Hushpuppy, então, é como mágica. Seu jeitinho meigo de tomar decisões corajosas e adultas desperta uns sentimentos estranhos, e a gente sai do cinema se perguntando se estarão vendendo Hushpuppies de pelúcia na saída.
Indomável Sonhadora é daqueles exemplos raros em que tudo se combina perfeitamente. Direção, roteiro, música e atuação: é tudo extraordinário, cheio de atitude e energia, sem nem de perto se tornar manipulador. O público vibra com a história e entra muito facilmente num mundo de criatividade e imaginação, com um senso de vida surpreendente.
