
Você se depara com um título instigante, deixa-se levar por um espírito pseudo-cult e faz esforço para encaixá-lo na sua programação do Festival. Quando chega ao cinema, você percebe que as suas expectativas eram muito mais atraentes que o filme. Como você se sentiria? Uma Super-Simplificação de Sua Beleza ("An Overcimplification of Her Beauty", Estados Unidos, 2011) é assim. Começa numa injeção de ânimo, mas a surpresa causada pelo ritmo e estética peculiar logo passa. Fica a necessidade de conter os seus bocejos.
Vamos simplificar o título e economizar algumas linhas de texto. "Uma Super-Simplificação" é, na verdade, dois filmes em um. Alternando cenas de "Como Você Se Sentiria?" ("How Would You Feel?"), outro longa do mesmo diretor, com novas cenas produzidas para a obra recente, Terence Nance, o diretor, nos apresenta um ensaio sobre sentimentos e como eles interferem no que somos.
Tudo começa quando, ao chegar em casa, a secretária eletrônica transmite a Terence um recado: sua amiga misteriosa não passará mais a noite na casa dele, como haviam combinado, e diz que é o fim da relação. O processo criativo de Terence é, então, desencadeado, e ele monta um diário, um scrapbook filmado, feito com imagens documentais, animação e ficção. Porque isto o faz se sentir mal? A soma das circunstâncias e experiências interferem no sentimento momentâneo? Nós somos a soma de nossas experiências?
A ideia é ótima, só faltou conseguir manter a conquista inicial. E a trilha de Amélie Poulain coube perfeitamente, mas afasta a nossa mente para a história de uma menina francesa que gosta de quebrar a casquinha do crème brûlée. Para um um filme que tende a perder público na medida em que os minutos passam, isso não é nada bom. Quem sabe, se o longa fosse curta, conseguiria uma nota mais atraente.
Tudo começa quando, ao chegar em casa, a secretária eletrônica transmite a Terence um recado: sua amiga misteriosa não passará mais a noite na casa dele, como haviam combinado, e diz que é o fim da relação. O processo criativo de Terence é, então, desencadeado, e ele monta um diário, um scrapbook filmado, feito com imagens documentais, animação e ficção. Porque isto o faz se sentir mal? A soma das circunstâncias e experiências interferem no sentimento momentâneo? Nós somos a soma de nossas experiências?
A ideia é ótima, só faltou conseguir manter a conquista inicial. E a trilha de Amélie Poulain coube perfeitamente, mas afasta a nossa mente para a história de uma menina francesa que gosta de quebrar a casquinha do crème brûlée. Para um um filme que tende a perder público na medida em que os minutos passam, isso não é nada bom. Quem sabe, se o longa fosse curta, conseguiria uma nota mais atraente.
