
Tentando trazer alguma graça enquanto filosofa sobre realização, felicidade e formação do homem, Eu também ("Ja Tozhe Hochu", Rússia, 2012) trava. O filme escrito e dirigido por Alexei Balabanov não encontra a via certa para se expressar e fica quase sem razão de ser.
Um grupo de canastras se aperta em um enorme jipe preto e viaja por uma estrada vazia entre São Petersburgo e a cidade de Uglich. Eles estão à procura da Torre do Sino da Felicidade, que, segundo lendas locais, fica escondida nessa região, perto de uma antiga usina nuclear desativada. Eles acreditam que, chegando ao local, poderão tomar posse da verdadeira felicidade e deixar seu inconstante passado para sempre.
A vibrante e animada trilha sonora é o que temos de melhor no trabalho e, ainda assim, destoa completamente do contexto. O longa conta com imagens secas, pálidas e personagens resmungões, carrancudos. Até aí, tudo bem, estamos falando de um filme russo. Mas, mesmo com um drama trincado, os trabalhos vindos desse país costumam chegar mais longe em questões poéticas, sobretudo pairados na ironia. Em Eu também não há um ritmo, não há força. Temos cenas muito limitadas que nada têm a ver com opção estética.
Quando tenta transmitir uma mensagem, o filme se perde. Quando tenta ser engraçado e irônico, escorrega em um estilo nada contemplado. O longa consegue acertar em alguns enquadramentos e panoramas, chega a conquistar algum espaço, mas seu caráter arrastado pesa mais. Trata-se de um filme que demora para acontecer, de uma filosofia incrustada que não sai da casca. Tenta, mas não chega até onde deveria.
Um grupo de canastras se aperta em um enorme jipe preto e viaja por uma estrada vazia entre São Petersburgo e a cidade de Uglich. Eles estão à procura da Torre do Sino da Felicidade, que, segundo lendas locais, fica escondida nessa região, perto de uma antiga usina nuclear desativada. Eles acreditam que, chegando ao local, poderão tomar posse da verdadeira felicidade e deixar seu inconstante passado para sempre.
A vibrante e animada trilha sonora é o que temos de melhor no trabalho e, ainda assim, destoa completamente do contexto. O longa conta com imagens secas, pálidas e personagens resmungões, carrancudos. Até aí, tudo bem, estamos falando de um filme russo. Mas, mesmo com um drama trincado, os trabalhos vindos desse país costumam chegar mais longe em questões poéticas, sobretudo pairados na ironia. Em Eu também não há um ritmo, não há força. Temos cenas muito limitadas que nada têm a ver com opção estética.
Quando tenta transmitir uma mensagem, o filme se perde. Quando tenta ser engraçado e irônico, escorrega em um estilo nada contemplado. O longa consegue acertar em alguns enquadramentos e panoramas, chega a conquistar algum espaço, mas seu caráter arrastado pesa mais. Trata-se de um filme que demora para acontecer, de uma filosofia incrustada que não sai da casca. Tenta, mas não chega até onde deveria.
