Você pode pegar a sua revistinha do Festival à procura da sinopse de Quebrado ("Broken", Reino Unido, 2012), mas ela não vai te dizer nada além do que é mostrado nos primeiros cinco minutos de filme. Ainda bem. O contrário arruinaria todas as surpresas que você vai ter se aceitar essa minha dica.
Pessoas bem peculiares fazem parte da vida da menina Skunk. Aos onze anos, enquanto monitora sua diabetes tipo 1, ela presencia acontecimentos que mudam sua vida. Todos os dias ela espeta o dedo, deixa sair uma gotinha de sangue, anota o resultado no caderno com canetinha colorida, e aprende o que é hipocrisia. Espeta o dedo, gotinha de sangue, canetinha coloria, e vê a violência bem de perto. Dedo, sangue, canetinha, e se questiona sobre injustiça e ignorância. O resto eu deixo pra você descobrir no cinema.
É tão difícil ficar encantado por um filme, mas esse é extremamente cativante. A história é envolvente, o roteiro é incrível e traz ótimos diálogos ditos por personagens muito bem construídos. Sim, a protagonista é Skunk, mas todo o elenco tem sua chance de brilhar. Os atores estão tão bem, que seus personagens nos fazem pulsar com a história. Num ritmo eletrizante, mas que sabe o momento certo de respirar fundo, somos presos pela curiosidade de observar (e eventualmente julgar) a vida dos outros. Uma linda obra de arte, embalada por uma linda trilha sonora.
