
Vamos fazer uma pequena viagem para relembrar de um dos passatempos mais divertidos e prazerosos que tínhamos quando eramos crianças, o de colecionar figurinhas. Talvez nem precisemos recorrer as nossas memorias do passado, já que muitos jovens e adultos ainda se divertem com essa prática. A emoção de abrir um novo pacote cheio de cromos é uma sensação que toda pessoa tem de sentir pelo menos uma vez na vida. E essa "atividade", tão empolgante e animadora, que serve de pano de fundo do filme O Goleiro do Liverpool ("Keeper'n Til Liverpool", Noruega, 2010).
O longa conta a história de Jo (Ask Van Der Hagen), um menino de 13 anos que, após a banal morte de seu pai (que escorregou na banheira enquanto tomava banho), é criado somente por sua neurótica e super protetora mãe. Ele é aterrorizado por algumas questões da escola como o bullying que sofre, os jogos de futebol e as garotas. Os conflitos nesse meio só tendem a aumentar quando todos tentam encontrar a figurinha mais rara de um álbum de de futebol: a do o goleiro do Liverpool, da Inglaterra. Essa procura irá estimular alguns ações radicais de alguns jovens. E, a partir de cada dificuldade que surge, o medroso Jo começa a imaginar hilárias consequências de seus atos. Porém, a sua vida sofrerá grandes transformações com a chegada da bela e inteligente Mary (Susanne Boucher).
De maneira sutil e cômica, o enredo e os atores vão nos cativando de um jeito que fica impossível de não gostar. O filme possui a função mais simplória e importante do cinema: divertir, alegrar e relaxar as pessoas (coisas que ele consegue fazer com extrema eficiência). O trabalho não foi feito para ser uma obra-prima da sétima arte, como acredito que alguns críticos desejassem que fosse. As imaginações do protagonista fazem com que as risadas soem alto dentro da sala de exibição. E mesmo que alguém esteja muito incomodado por assistir a uma produção voltado para crianças (em um ambiente cheio delas) acaba sendo contagiado com as gostasa piadas e risadas que são proporcionadas.
