terça-feira, 9 de outubro de 2012

Freak Joe


Quando você se propõe a ver filmes no Festival do Rio, sabe que eles podem ser duas coisas: bons ou ruins. Seja a categoria que o filme melhor se encaixa, uma coisa é certa: vai ser diferente do que você normalmente vê por aí. Eu não sei se dou azar ou se o meu gosto para filmes é duvidoso (não, você não precisa opinar), o fato é que não vejo filmes “diferentes”. Esse é um eufemismo que não cabe aqui. Eu vejo filme BIZARROS. Adivinha só? Meu primeiro longa desse Festival não foi diferente. Mas, se por um lado Killer Joe Matador de Aluguel ("Killer Joe", EUA, 2011) é, na falta de um termo melhor, perturbador, por outro, ele dá alguns alívios. O primeiro deles: perceber que tem gente mais esquisita que você nesse mundo. O segundo: saber que Tarantino fez escola.


Se eu te contar a história do longa, talvez pareça meio clichê, mas não é exatamente assim. O filme junta dois clichês em um (fórmula que vem fazendo muito sucesso ultimamente). No corner vermelho temos um filme sobre um assassino de aluguel, o Joe. Já no corner azul temos Rocky, saído daquelas histórias de famílias perturbadas no interior do Texas, tipo um "Massacre da Serra Elétrica" sem o maníaco, a serra elétrica e... Bem, ok, talvez a única coisa que tenha parecido seja o Texas, é claro, e a família de pessoas geradas pelo casamento entre primos. Imagina uma coisa lenta. Bem lenta mesmo. Já sei! Imagina Árvore da Vida... Em slow motion... Agora transforma essa imagem de lentidão em uma família e bingo! Temos a fórmula do filme.



A família contrata o assassino para matar a mãe e pegar o dinheiro do seguro. Até aí tudo bem, dava pra fazer um filme razoável com essa história, mas eis que entra a inspiração nos filmes do Tarantino. Tem sangue, tem sexo, morte, tiro, espancamento, enfim, tem de tudo. De uma forma até BEM explicita. Algumas cenas te dão um mal estar. A solução que a plateia encontrou (pelo menos quando eu vi o filme) foi rir dessas cenas. Foi a melhor definição de “tem que rir pra não chorar” que eu já vi. Não que o filme seja ruim, eu diria até que ele se encaixa na categoria dos “bons” do Festival. Então é isso, dois clichês, litros de sangue e uma pitada de Tarantino depois, minha nota é...

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