
Os maus não merecem a paz ("No habrá paz para los malvados", Espanha, 2011), do diretor e roteirista Enrique Urbizu, é uma ficção policial extremamente média, que não encontra espaço, nem identidade própria.
Após passarem seus dias de glória, o inspetor Santos Trinidad foi rebaixado do setor de Inteligência da polícia para a seção de desaparecidos. Amargurado, ele perde boa parte do seu tempo bebendo nos clubes da cidade. Certa noite, o inspetor passa dos limites. Tomado por um excesso de fúria, Santos assassina três pessoas em um estabelecimento, deixando apenas um sobrevivente escapar. Atrás da única testemunha, ele acaba descobrindo segredos de uma rede de prostituição e tráfico de drogas. Ele se empolga com a ideia de voltar à ação, mas precisa trabalhar por conta própria para resolver o caso enquanto é investigado pela polícia.
A história podia ser bem explorada, mas acaba desenvolvida de maneira morna. As pequenas apostas de enquadramento e os atores de bom nível não são suficientes para retirar o longa do banal. Algumas cenas de ação também são bem coreografadas, mas os momentos de conflito acabam ficando um pouco raros. O roteiro é bom o suficiente para entreter, mas não para ganhar o espectador. Fato é que ninguém ficaria muito chateado por ter que abandonar a história no meio. Resumindo: Os maus não merecem a paz é um filme de investigação policial genérico, que não diz ao que veio.
